Carnaval é um tempo de festejos e descontração. Entretanto,  para os profissionais que trabalharam no Hospital Regional Tarcísio Maia,  o carnaval foi um verdadeiro pesadelo.  O fio da vida de 7 pacientes foi cortado, sete óbitos que poderiam ter sido evitados com um equipamento hospitalar muito simples: um respirador ou ventilador mecânico.

O caos no Tarcísio Maia já é de conhecimento público. A carência de respiradores mecânicos na unidade já vem se perpetuando, só existem 10 em todo o Hospital que chega a atender centenas de pacientes por dia, de todo o oeste potiguar.  Equipamentos quebrados passam meses sem manuntenção,  faltam leitos de UTI, material hospitalar,  remédios. Trabalhadoras e trabalhadores são sobrecarregados todo dia,  sem condições de trabalho e estrutura dignas e adequadas para servidores e pacientes. Para ilustrar a situação crítica, no plantão sangrento de 08/02 apenas 3 (três) técnicos de enfermagem atendiam 26 pacientes no repouso masculino. Tudo isso faz parte do processo de sucateamento da saúde pública brasileira.

Com o ajuste fiscal,  o governo Dilma-PT cortou 3, 6 bilhões de reais da saúde só em 2015, tudo para pagar juros a banqueiros e agiotas internacionais pela dívida pública. Robson Faria é obcecado pelo fechamento dos hospitais de Mossoró,  já tentando pela segunda vez fechar o Hospital da Mulher  e agora o Hospital da Polícia, e sucateando o Hospital Tarcísio Maia.

É obrigação do governo a compra e manuntenção de respiradores mecânicos e do material hospitalar.   Cabe também ao governo a ampliação de leitos da UTI e da infraestrutura,  como também a realização de concurso público para vencer a sobrecarga que adoece os profissionais.  É bem  claro que quem deve ser responsabilizado pelas mortes no carnaval do Tarcísio Maia são os governos Dilma,  Robson Faria, o secretário de saúde Ricardo Lagreca,  e os parlamentos unidos pelo ajuste fiscal.

Se o Estado atua por cortar investimentos na saúde pública e deixa o caos ser instaurado no SUS, de pouco adianta a coragem e o heroísmo dos profissionais da saúde.  É necessário ampliar os investimentos na saúde pública,  para oferecer estrutura e condições de trabalho dignas para trabalhadores e pacientes.  Chega de cortes,  sucateamento e privatização.  Enquanto pacientes morrem em corredores dos hospitais,  e os profissionais adoecem com seu trabalho,  os governantes viram às costas ao povo pobre para oferecer todas as vantagens e privilégios a banqueiros e empresários.

Fonte: http://sindsaudemossoro.blogspot.com.br/2016/02/faltam-respiradores-sete-mortes-no.html
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